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domingo, 10 de novembro de 2013

Atividade - valor 3.0 pontos

Oi Turma 2001, Essa atividade vai valer 3.0 pontos na média:

A turma deverá se dividir em grupos de 4 ou 5 alunos.

Cada grupo deve escolher um dos textos trabalhados para  interpretar, elaborar um roteiro, fotografar as ações e postar em forma de Fotonovela ou História em Quadrinho.

Minha sugestão: Vocês podem desenvolver o trabalho no programa Power point ou similar.
            Podem também baixar o programa HagáQuê, que já vem com quadros, balões de fala e upload de fotos.

Essa atividade vai ser proposta na próxima aula, mas eu já estou adiantando para facilitar nossas tarefas.
Boa Semana!



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Texto 3 As Enchentes - Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma) Para a Turma 2001

As enchentes

As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.
Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos.
Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral. Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!
Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.
Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.


(Lima Barreto)

Texto 2 - Espinhos e Flores. Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma) Para a Turma 2001

Espinhos e flores
Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa coisa em matéria de edificação da cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções.
Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado.
Às vezes se sucedem na mesma direção com uma frequência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.
Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas.
Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, coberta de zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de estilo pouco classificável, que parece vexada e quer ocultar-se diante daquela onda de edifícios disparatados e novos.
Não há nos nossos subúrbios coisa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades europeias, com as suas vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados.
Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios, em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pontilhão bem cuidado sobre o rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos.
Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empanem o brilho do vestido; há operários de tamancos; há peralvilhos à última moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é o que entra na melhor casa.

(Lima Barreto)

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Texto 1 - A Lição de Violão - Lima Barreto Livro: Triste Fim de Policarpo Quaresma - Para a Turma 2001

A Lição de Violão

Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de Guerra, onde era subsecretário, bongava pelas confeitarias algumas frutas, comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa.
Não gastava nesses passos nem mesmo uma hora, de forma que, às três e quarenta, por aí assim, tomava o bonde, sem erro de um minuto, ia pisar a soleira da porta de sua casa, numa rua afastada de São Januário, bem exatamente às quatro e quinze, como se fosse a aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno matematicamente determinado, previsto e predito.
A vizinhança já lhe conhecia os hábitos e tanto que, na casa do Capitão Cláudio, onde era costume jantar-se aí pelas quatro e meia, logo que o viam passar, a dona gritava à criada: “Alice, olha que são horas; o Major Quaresma já passou.”
E era assim todos os dias, há quase trinta anos. Vivendo em casa própria e tendo outros rendimentos além do seu ordenado, o Major Quaresma podia levar um trem de vida superior aos seus recursos burocráticos, gozando, por parte da vizinhança, da consideração e respeito de homem abastado.
Não recebia ninguém, vivia num isolamento monacal, embora fosse cortês com os vizinhos que o julgavam esquisito e misantropo. Se não tinha amigos na redondeza, não tinha inimigos, e a única desafeição que merecera fora a do Doutor Segadas, um clínico afamado no lugar, que não podia admitir que Quaresma tivesse livros: “Se não era formado, para quê? Pedantismo!”
O subsecretário não mostrava os livros a ninguém, mas acontecia que, quando se abriam as janelas da sala de sua livraria, da rua poder-se-iam ver as estantes pejadas de cima a baixo.
Eram esses os seus hábitos; ultimamente, porém, mudara um pouco; e isso provocava comentários no bairro. Além do compadre e da filha, as únicas pessoas que o visitavam até então, nos últimos dias, era visto entrar em sua casa, três vezes por semana e em dias certos, um senhor baixo, magro, pálido, com um violão agasalhado numa bolsa de camurça. Logo pela primeira vez o caso intrigou a vizinhança. Um violão em casa tão respeitável! Que seria?
(...)
Quaresma era um homem pequeno, magro, que usava pince-nez, olhava sempre baixo, mas, quando fixava alguém ou alguma cousa, os seus olhos tomavam, por detrás das lentes, um forte brilho de penetração, e era como se ele quisesse ir à alma da pessoa ou da cousa que fixava.
Contudo, sempre os trazia baixos, como se se guiasse pela ponta do cavanhaque que lhe enfeitava o queixo. Vestia-se sempre de fraque, preto, azul, ou de cinza, de pano listrado, mas sempre de fraque, e era raro que não se cobrisse com uma cartola de abas curtas e muito alta, feita segundo um figurino antigo de que ele sabia com precisão a época.
Quando entrou em casa, naquele dia, foi a irmã quem lhe abriu a porta, perguntando:
- Janta já?
- Ainda não. Espere um pouco o Ricardo que vem jantar hoje conosco.
- Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio - não é bonito!
Na ficção, havia unicamente autores nacionais ou tidos como tais: o Bento Teixeira, da Prosopopéia; o Gregório de Matos, o Basílio da Gama, o Santa Rita Durão, o José de Alencar (todo), o Macedo, o Gonçalves Dias (todo), além de muitos outros. Podia-se afiançar que nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major.
(...)
Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. Nada de ambições políticas ou administrativas; o que Quaresma pensou, ou melhor: o que o patriotismo o fez pensar foi num conhecimento inteiro do Brasil, levando-o a meditações sobre os seus recursos, para depois então apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno conhecimento de causa.
Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar; mas a junta de saúde julgou-o incapaz. Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria. O ministério era liberal, ele se fez conservador e continuou mais do que nunca a amar a “terra que o viu nascer”. Impossibilitado de evoluir-se sob os dourados do Exército, procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar. Era onde estava bem. No meio de soldados, de canhões, de veteranos, de papelada inçada de quilos de pólvora, de nomes de fuzis e termos técnicos de artilharia, aspirava diariamente aquele hálito de guerra, de bravura, de vitória, de triunfo, que é bem o hálito da Pátria. Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política. Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais, que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios. Defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era com este rival do “seu” rio que ele mais implicava. Ai de quem o citasse na sua frente! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia a extensão do Amazonas em face da do Nilo.


(Lima Barreto)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Para o 3º ano. Um Desafio!

Antigamente, existia uma tecnologia chamada máquinas de escrever ou de datilografar – Eram aquelas máquinas pesadas, de ferro, onde se colocava uma folha e ia batendo com os dedos nas teclas e imprimindo através de uma fita tintada o texto escrito. Gerador de oportunidades de emprego e trabalho, o ensino de datilografia era um quesito tão importante até os anos 1990 quanto aprender a digitar uma carta em algum processador eletrônico de texto nos dias de hoje. Muitos ainda desconhecem que tanto a máquina de escrever antiga quanto o computador para produção de texto praticamente é a mesma coisa. Dactilo grego ou digitus em latim se referem a dedos. Datilografia (escrever com dedos) ou digitação (ação pelos dedos) se referem à prática de compor textos através dos teclados de máquinas de escrever e nesse caso, o computador passa a ser uma dessas máquinas.
Datilografia, portanto é 'Escrever com os dedos'. Ou seja, apertar botões com os dedos para escrever. Datilografia é uma palavra de origem grega. 'Dactilo' significa 'dedo', e 'grafia' significa 'escrita'. Datilografia é o mesmo que Digitação. Digitação é uma palavra derivada do Latim Digitus significa ‘dedos’ e é uma ‘ação’ praticada. Hoje nós podemos escrever a partir do teclado do nosso computador.
O nosso desafio é: Como nomear a ação de utilizar os dedos para inserir caracteres no Tablet ou na tela do Telefone Celular, o toutch screen (ou seja, o toque na tela)?
Crie esse Neologismo!Mas, ATENÇÃO: só servem palavras da nossa língua. Tentem criar à partir dos conceitos já existentes e expliquem o motivo da sua escolha, a etimologia ou a formação da palavra.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Trovadorismo

Ótimo material sobre Trovadorismo. Os alunos da turma 1003 gostaram muito. Está aí para quem perdeu! http://www.slideshare.net/clauheloisa/trovadorismo#

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Macunáima - Para o 3º Ano.

Galera,
Cada grupo deve Ler os textos do nosso livro págs. 44 até 53 e produzir uma conversa entre amigos no Facebook, assumindo, cada um, um personagem da Obra Macunaima, depois enviem para o meu e-mail que eu vou postar aqui.Até 30/04

Encontrei um site com um interessante resumo sobre a obra Macunaíma de Mário de Andrade.

http://www.angelfire.com/mn/macunaima

Boa Pesquisa! Uma alternativa é fazer uma pesquisa observando o episódio do filme onde Macunaíma se transforma em Homem da Metrópole. Faça uma reflexão sobre essa transformação. Utilize o conceito de ANTROPOFAGISMO defendido por Mário de Andrade. Produza um material que represente essa transformação para ser publicado aqui. Felipe da 3001 já fez o dele: Conceito de Antropofagismo